Carta do Diretor Executivo

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2020 vai ficar marcado na história do mundo como um ano totalmente atípico. Uma pandemia de proporções globais assolou todos os países e modificou de forma definitiva a forma de comunicação das organizações e dos indivíduos. Enquanto escrevo este texto, a pandemia do COVID-19 já matou mais de 4.1 milhões de pessoas e mais de 191 milhões já foram diagnosticadas com o vírus.

 

Uma tragédia sem precedentes no século XXI! Uma tragédia desta proporção traz consigo desafios significativos também para as organizações da sociedade civil. Muitas populações vulneráveis se apoiam nestas organizações para que suas vidas possam ser preservadas e o aumento da pobreza possa ser evitado.

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Foi assim que o PROMUNDO e sua incrível equipe ser prontificaram a doar, de corpo e alma, todas as suas energias para favorecer as populações mais vulneráveis, como crianças, indígenas, ribeirinhos, famílias em situação de pobreza, entre outras. Além da continuidade de implementação já conhecidos nacional e internacionalmente, como o Programa P, o Programa H, o Programa M, entre outros, o PROMUNDO se dedicou a fornecer insumos básicos de alimentação e de prevenção ao COVID-19, como álcool gel, sabonete e máscaras, nas comunidades onde atua no Rio de Janeiro e na Amazônia.

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Embora o PROMUNDO não tenha em sua missão a finalidade de promover ações humanitárias de caráter emergencial, não se furtou em mobilizar recursos para a distribuição destes insumos. Foram milhares de insumos doados para centenas de famílias.

 

Além disso, com a utilização de ferramentas de comunicação de baixo custo, como o whatsapp, o PROMUNDO manteve uma comunicação direta com as famílias destas comunidades para promover a importância do distanciamento social e do uso dos insumos de prevenção ao COVID-19. Além disso, o PROMUNDO adaptou uma de suas principais metodologias, o Programa P, para a formação de grupos de figuras paternas via online. Foi elaborado o Programa P Online e aplicado em diversas comunidades do Rio de Janeiro, Recife e Fortaleza.

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Em colaboração com os governos locais, o PROMUNDO capacitou profissionais de programas de visitação familiar, como o Programa Criança Feliz do Sistema Única da Assistência Social e trabalhou colaborativo para que figuras paternas pudessem ter a oportunidade de participar de grupos sobre cuidado, paternidade e engajamento nas tarefas domésticas.

 

Mais uma vez, com o uso de ferramentas de comunicação de baixíssimo custo, como o whatsapp, o PROMUNDO trabalhou diversos grupos de homens de comunidades vulneráveis para fortalecer seus vínculos familiares e contribuir para o desenvolvimento da primeira infância.

 

Em função do grande impacto alcançado nestas atividades, mesmo em uma situação de crise sanitária, o PROMUNDO recebeu um elevado reconhecimento de seus financiadores e parceiros institucionais.

Como resultado, as contribuições para a implementação de programas do PROMUNDO aumentaram mais uma vez em 2020 em relação a 2019 e conseguimos também consolidar uma reserva institucional positiva, fortalecendo nosso superávit organizacional.

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Em base a esta reserva, o PROMUNDO utilizou recursos próprios para adquirir parte da compra de insumos alimentares e de prevenção ao COVID-19. Finalmente, o PROMUNDO promoveu diversos eventos via online durante a pandemia para a capacitação de profissionais de todos os três setores produtivos.

 

Nosso tradicional webinário realizado anualmente no mês dos pais (em agosto) atingiu a incrível marca de 10 mil visualizações. Mesmo com tantas conquistas e superação de dificuldades, não podemos nos furtar ao sincero sentimento de pesar pelas perdas que o Brasil e o mundo sofreram durante a pandemia.

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Sabemos que a maioria das perdas pelo COVID-19 são de pessoas vivendo em comunidades de baixa renda de todo o mundo e os homens (que mais uma vez se colocam em risco em função das normas socioculturais machistas e desiguais de gênero que também continuam a assolar o nosso país e o mundo). Isto sem falar das perdas inaceitáveis de mulheres vítimas de feminicídios, populações negras e tradicionais vítimas de racismo e de membros das comunidades LGBQT+ vítimas de homofobia.

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Em 2021, os desafios vão continuar, mas não mediremos esforços para garantir o direito mais fundamental de todos: A Vida.