The Freedom Fund e Instituto Promundo lançam alerta sobre os verdadeiros responsáveis pela exploração sexual infantil no Recife
- Pormundo
- 29 de mai. de 2024
- 2 min de leitura

The Freedom Fund e Instituto Promundo lançam alerta sobre os verdadeiros responsáveis pela exploração sexual infantil no Recife
A exploração sexual comercial de crianças e adolescentes (ESCCA) continua sendo uma questão crítica dos direitos da criança no Brasil. No entanto, há informações relativamente limitadas sobre as motivações e comportamentos dos adultos envolvidos na perpetração da ESCCA. Este estudo, elaborado pelo Instituto Promundo e pelo Freedom Fund, visa melhorar a compreensão da perpetração da ESCCA na Região Metropolitana do Recife, no Brasil, um local onde estima-se que uma em cada seis mulheres jovens vivenciou a ESCCA quando era menor (Freedom Fund, 2024). Como falar diretamente com conhecidos perpetradores da ESCCA revelou-se imensamente desafiador, o estudo consultou pessoas que frequentam áreas onde a ESCCA é supostamente prevalente, usando pesquisas e discussões em grupos focais para reunir percepções abrangentes sobre as normas sociais associadas à perpetração da ESCCA e relatos de infratores da ESCCA daqueles que interagem com eles. Especialistas em ESCCA também foram consultados através de entrevistas com informantes-chave.
A maioria dos participantes descreveu a perpetração da ESCCA como um comportamento desviante, especialmente quando envolve crianças menores de 14 anos. No entanto, com base na compreensão de gênero da adolescência como um período de prontidão sexual, as normas sociais que toleram o sexo entre adultos e crianças eram evidentes, especialmente quando envolvem homens e meninas adolescentes com 14 anos ou mais. Embora se entendesse que os perpetradores da ESCCA tinham características diversas, o perfil “típico” percebido era o de um homem local de meia-idade ou mais velho, sem qualquer ligação anterior com a criança e que tinha uma relativa vantagem de renda sobre a criança.
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