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Seminário Nacional sobre Paternidade e Cuidado na Rede do SUS discute a participação dos homens durante pré-natal, parto e puerpério

Por Eduardo ChakoraCoordenador da Área Técnica da Saúde do HomemSecretaria de Atenção à Saúde – Ministério da Saúde

A cidade do Rio de Janeiro sediou, de 21 a 23 de agosto de 2013, o I Seminário Nacional sobre Paternidade e Cuidado na Rede SUS.O evento, promovido pela Área Técnica da Saúde do Homem do Ministério da Saúde –responsável pela condução da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem – foi realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, o Comitê Vida, o Instituto Papai e o Instituto Promundo.


O objetivo geral desta iniciativa foi problematizar, na esfera nacional dos serviços de saúde, o campo das práticas e relações de cuidado envolvendo homens, mulheres e crianças, a partir da perspectiva relacional de gênero e da diversidade dos modelos de configuração familiar vigentes.


Para isso, as atividades do Seminário foram vinculadas a uma estratégia central denominada “Pré-natal do Parceiro”, que consiste no planejamento de ações voltadas para a inserção do parceiro/acompanhante nas rotinas dos serviços de pré-natal, parto e puerpério disponibilizados nas linhas de cuidado preconizadas pela Rede de Atenção à Saúde do Sistema Único de Saúde.


Ao participar do nascimento do/a filho/a, o homem pode garantir um melhor atendimento para a sua parceira, diminuir a duração do trabalho de parto e a ocorrência de depressão pós-parto, entre outros benefícios. Esta participação ativa também pode trazer mudanças positivas para os homens nos seus mais diversos contextos socioculturais.


Com a paternidade, surgem novas responsabilidades e, consequentemente, novas dúvidas e questionamentos. Neste cenário, os desafios que se apresentam para a socialização e educação dos/as filhos/as a partir de uma perspectiva equitativa de gênero podem-se configurar como momentos transformadores para esses homens, assim como um caminho para a construção de vínculos afetivos saudáveis.


O Seminário contou com seis painéis que debateram os seguintes temas:

• Paternidade e Políticas de Saúde

• Por que envolver os homens nas ações de cuidado?

• Paternidade nas famílias

• As diferentes formas de ser pai

• Movimento pela valorização da paternidade

• Boas práticas em paternidade e cuidado

Os participantes puderam ainda inscrever-se em quatro oficinas de trabalho:

• Grupo de homens: como trabalhar?

• Participação do pai e humanização do nascimento

• Violência e relações familiares

• Valorização da paternidade e unidade de saúde parceira do pai


Os grupos de discussão e as mesas redondas foram conduzidos por gestores/as, profissionais de saúde, pesquisadores/as e ativistas da sociedade civil organizada.

A proposta foi delinear uma estratégia, definir ações e implementá-las a partir de três vértices de trabalho: educação em saúde com grupos de homens, com a comunidade e com os profissionais nos serviços de saúde dos Estados das cinco regiões brasileiras.


O evento também foi uma oportunidade para a apresentação de experiências do Sistema Único de Saúde (SUS) no contexto da valorização da paternidade. Dentre elas, estão as Unidades de Saúde Parceiras do Pai, certificadas em 2012.

A mostra cultural ficou por conta do RAP da Saúde e das exposições fotográficas “Você é meu pai”, do Instituto Promundo, e “Um mundo de pais”, de José Inácio Parente.

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