O livro infantil Vento no Rosto será lançado dia 3 maio, às 17 horas, na FIRJAN (Graça Aranha nº 1, Centro – Rio de Janeiro) com um debate sobre o Projeto de lei para prevenção de castigos físicos e humilhantes contra crianças. O debate terá a participação de Carlos Zuma, do Instituto Noos, e de Ana Paula Rodrigues, da Fundação Xuxa Meneghel.
A história de Lucas, personagem central do livro, foi criada por 12 meninos e meninas, entre 6 e 13 anos, da comunidade da Maré, participantes do projeto Esporte, Cultura e Cidadania da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O projeto desenvolvido por Promundo, com financiamento da Save the Children, teve o objetivo de dar voz aos pequenos sobre como pensam que poderiam ser educados sem o uso da violência. A obra é parte dos esforços do Instituto para estimular o debate sobre alternativas à educação sem o uso de castigos físicos e humilhantes.
A obra aborda de maneira lúdica, com uma linguagem simples, questões como obediência, punição, deveres, direitos e obrigações de cada membro da família e o diálogo entre eles.“Nossa ideia é que o livro seja um instrumento de diálogo entre pais e filhos. Entendemos que as crianças são sujeitos de direitos, o que não significa pensá-las como pequenos adultos, mas considerar seus sentimentos, desejos e percepção do próprio mundo. Esperamos que os adultos percebam que as crianças têm ideias que precisam ser levadas em conta quando se trata de decidir os rumos de sua própria vida”, explica Letícia Serafim, coordenadora de comunicação do Instituto Promundo e uma das redatoras do livro.Desde 2005 o Instituto Promundo, co-fundador da Rede Não Bata, Eduque, tem buscado estratégias para refletir com responsáveis sobre os direitos das crianças, incluindo seu direito à expressão de opiniões sobre questões que afetam diretamente suas vidas.
Sobre a violência contra crianças no Brasil
Segundo dados divulgados pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, a violência contra crianças e jovens atingiu 120 mil casos em 2012. Os números mostraram que 77% das denúncias registradas por meio do Disque 100 entre janeiro e novembro daquele ano foram relativas à violência contra crianças e adolescentes, o que corresponde a 120.344 casos relatados. Isso significa que, por mês, ocorreram 10.940 agressões contra crianças e adolescentes.
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