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Promundo entrevista transformadores locais que estão trabalhando com jovens pela a equidade de gênero no Líbano




Depois do lançamento do Programa Ra em julho de 2016, uma parceria entre Promundo e a ONG libanesa ABAAD-Centro de Recursos para a Equidade de Gênero (link em inglês), Jane Kato-Wallace, do Promundo, conversou com os três campeões do programa sobre o trabalho com homens jovens de Beirute pela equidade de gênero.


O Programa Ra, adaptado do Programa H, com o apoio do primeiro Prêmio Womanity da Fundação Womanity (link em inglês), estimula homens e meninos a desafiarem estereótipos baseados em gênero, questionarem ideias tradicionais sobre masculinidade e a contribuírem para o fim de todas as formas de violência baseada em gênero no Líbano.


Jane falou com Tala Noweisser, conselheira escolar do 5º ao 12º anos na Wellspring Learning Community School, em Beirute, onde o Programa Ra foi implementado pela primeira vez em outubro de 2016; com Hussein Safwan, que presta serviços de apoio psicossocial como parte do Programa de Espaços Seguros para Mulheres e Meninas (WGSS, na sigla em Inglês) da ABAAD em Choueifat, no Líbano; e com Estephan “Tino” Bechara, um jovem que participou da primeira oficina de validação do Programa Ra.


Tala, Hussein e Tino falaram sobre os desafios que os homens e os meninos no Líbano enfrentam como resultado de normas de gênero opressoras:


“Na sala de aula, se pedíssemos aos rapazes que expressassem sua raiva, eles o fariam violentamente. Eles não iriam fazê-lo verbalmente, porque isso exigiria que eles expressassem como estão se sentindo. … Essas normas dificultam a comunicação e não ajudam os meninos a atingirem seus objetivos.”, disse Tala.

“O primeiro desafio são os conceitos estereotipados de masculinidade e tradições familiares. … O segundo desafio é a supressão das emoções dos homens, porque eles pensam que apenas as mulheres têm o direito de expressar emoções. … A consequência negativa é que homens e meninos frequentemente usam a violência porque é uma resposta socialmente aceitável ao estresse…”, disse Hussein.


“O sistema patriarcal em que vivemos baseia-se em linhas sectárias [tão fortes] que podem até mesmo impedir que as pessoas entrem em relacionamentos românticos umas com as outras. Os homens no poder nos fazem concentrar em nossas diferenças – como gênero, religião, etnia ou orientação sexual – em vez de em nossas semelhanças.”, disse Tino


Os três campeões também falaram sobre o que esperam do Programa Ra e as mudanças que ele pode estimular nas comunidades:


“Precisamos de um programa para ajudar os homens a sair da “caixa”. Além disso, os homens aqui no Líbano gostariam de mudar, mas eles não têm um caminho para dar o primeiro passo. O Programa Ra é o primeiro passo para eles.”, disse Hussein.


“Espero que o programa Ra espalhe a mensagem e que as pessoas saibam que estamos todos juntos nisto, sob um mesmo teto. … Quero que nos aceitemos.”, disse Tino.


“Eu quero que eles [homens jovens] saibam que os papeis de gênero existem, para que entendam como gerenciar as diferentes expectativas, e sejam capazes de falar se há algo que precisa mudar, para que eles não sintam que têm de se conformar.”, disse Tala.


Leia as entrevistas completas com Tala aqui, Hussein aqui, e Tino aqui.

Veja o manual do Programa Ra aqui.

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