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Iniciativa piloto envolve refugiados pelo fim da violência contra mulheres no Rio de Janeiro

O Promundo-Brasil, em parceria com o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e Cáritas, desenvolveu em outubro de 2013 uma iniciativa piloto com abordagem transformativa de gênero voltada para refugiados, solicitantes de refúgio e funcionários que trabalham com atenção direta a solicitantes de refúgio e refugiados.


A iniciativa “Gênero e a população refugiada no Rio de Janeiro” contou com dois grupos focais com refugiados com o objetivo de aprofundar a identificação de suas demandas e 16 horas de oficinas educativas baseadas nos Programas H e M e no Portal Equidade de Gênero nas Escolas, para capacitar os/as profissionais que trabalham diretamente com a população refugiada no Rio de Janeiro, incluindo funcionárias e funcionários da Cáritas e ACNUR, professoras e professores de português.


As oficinas promoveram conhecimento e reflexão sobre gênero e masculinidades, prevenção de HIV/AIDS e DTS, violência de gênero (violência sexual, violência contra a mulher entre outros), com o intuito de discutir sobre como questões de gênero afetam o cuidado e a vulnerabilidade ao HIV/AIDS.


Como parte central das oficinas foi realizada a criação de um plano de ação junto com os profissionais, baseado nas formas de trabalho com refugiados e solicitantes de refúgio e nos grupos focais. O grupo de profissionais optou por realizar duas atividades, uma voltada para as mulheres refugiadas ou solicitantes de refúgio e outra voltada para os homens, durante os 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher, para gerar reflexões sobre o envolvimento masculino nas ações de prevenção à violência contra mulheres.


No dia 29 de novembro, foi realizado o “Dia de Beleza da Mulher”, que reuniu refugiadas e solicitantes de refúgio da Nigéria, República Democrática do Congo e Irã para uma tarde de conversa, tratamentos de beleza, higiene e oficina de artesanato. Durante a conversa, facilitada por Amana Mattos, foram abordadas questões sobre gênero e sexualidade, que deram abertura para que as participantes falassem sobre a realidade da mulher em seu país, evidenciando em suas particularidades, normas de gênero bastante rígidas e os desafios de adaptação em relação a nova realidade que estão vivenciando no Brasil.

Uma semana depois foi a vez dos homens serem envolvidos em uma atividade mista, na qual refugiados e solicitantes de refúgio jogaram partidas de futebol, no encerramento das Olimpíadas da Escola Municipal Friedenreich, no Maracanã, Rio de Janeiro. O amistoso “Homens Pelo Fim da Violência contra Mulheres” contou com quatro times masculinos, e as duas partidas tiveram o pontapé inicial dado por refugiadas. No evento, foi distribuído um informativo sobre os 16 dias de ativismo e houve muita integração com os alunos da escola, que formaram uma grande torcida.

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