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EM BREVE – Lançamento da pesquisa sobre exploração sexual comercial de crianças e adolescentes

O Promundo lança em novembro a publicação “Homens, Mulheres e a Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes em Quatro Cidades do Brasil: resultados de um estudo qualitativo e quantitativo”. Além da apresentação dos resultados da pesquisa, haverá uma roda de conversa com especialistas sobre o tema e a exibição do filme Sonhos Roubados. O evento acontecerá no espaço do Cinema Nosso, na Lapa.


Com a proximidade dos mega eventos esportivos, Copa e Olimpíadas, a temática da exploração sexual de crianças e adolescentes (ESCCA) ganha pertinência e maior atenção dos governos, organizações sociais e de direitos humanos devido ao aumento da entrada de turistas no país e pela mobilização de trabalhadores causada pelas grandes obras.


A pesquisa, financiada pela OAK Foundation, foi realizada no Rio de Janeiro, Itaperuna (RJ), Natal e Florianópolis e buscou mapear e compreender as percepções, atitudes e práticas de homens e mulheres sobre diferentes temas ligados à sexualidade, prostituição, pornografia e ESSCCA. Resultados apontam que de 602 entrevistados no Rio de Janeiro, 14% responderam que haviam tido relação sexual com menores de 18 anos. Além disso, um número significativo de entrevistados, 41% dos homens do Rio de Janeiro e 46% das mulheres, afirmaram que consideram a prática sexual com menores de 18 anos “prostituição adolescente” e não exploração sexual. A pesquisa também revela uma diferença na percepção no que se refere ao gênero: percebeu-se uma maior intolerância em relação aos meninos adolescentes prostituídos, com uma tendência maior a culpabilizá-los, do que às meninas nas mesmas condições.


Um dado interessante que aponta para uma possibilidade de intervenção no sentido da prevenção é que os muitos homens que disseram ter mantido relações sexuais com menores de 18 anos procuraram atribuir maior grau de intimidade à relação tentando minimizar a exploração ou mesmo a culpa. O estudo apresenta ainda recomendações de ações para a prevenção da ESCCA e para a mudança de atitudes de adultos que exploram sexualmente crianças e adolescentes.

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