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¿Puede el fútbol reducir la violencia doméstica?

“Violência doméstica mata 10 mulheres por dia no Brasil”

Esta preocupante estatística foi publicada no estudo: O mapa da violência, publicado pelo Instituto Sangari em São Paulo. O estudo aponta que 41.532 das mulheres no Brasil foram assassinadas entre os anos de 1997 a 2007. O que significa que uma mulher foi morta a cada duas horas durante esses 10 anos.


O caso aterrorizante do jogador de futebol Bruno Fernandes atraiu ainda mais a atenção mundial para a urgente situação brasileira. Relatos da polícia evidenciam que a ex-namorada do jogador foi estrangulada e seu corpo foi jogado aos cães. Os restos mortais de Eliza Samudi ainda não foram encontrados e a polícia diz que Fernandes já tinha um  histórico de violência registrado em seus autos.  O primo do Bruno confessou ter assistido o jogador matar a mãe de seu filho recém nascido e acompanhado de amigos e familiares.


A brutalidade do incidente não foi incomum para a realidade nacional onde o indicie de homicídios causados por violência domestica são de 25,2 por cada 100.000 pessoas. Esse indicie coloca o Brasil em décimo lugar no ranking de países campeões de homicídio com intenção de matar no mundo. Apesar de esses números terem diminuído ainda de maneira insignificante, em 1997 o indicie foi para 25.4 por 100.000.


No Brasil os principais motivos que causam esses homicídios são em sua maioria absurdos:


“ Dizer não para o sexo ou querer terminar a relação são a maioria. Em 50 % dos casos o motivo é classificado como fútil podendo ser originado em discussões domésticas. 10% são crimes passionais, relacionados à ciúmes, por exemplo, 10 % são relacionados ao uso de drogas e tráfico.”


No entanto, o Promundo, uma organização brasileira sem fins lucrativos, espera diminuir significativamente a violência domestica brasileira. A estratégia é combinar o amor dos homens pelo futebol com oficinas informativas sobre prevenção de violência contra as mulheres.


Em um novo projeto elaborado pela instituição os homens são encorajados a participar de um campeonato de futebol com duração de quatro meses que inclui discussões em grupo sobre violência doméstica e as normas tradicionais de gênero.


O Futebol pode ser uma metodologia chave para entender a masculinidade brasileira e promover a prevenção de violência contra as mulheres no país. Em um relatório sobre uma reunião em Cape Town, África do Sul entre os dias 15 e 16 de julho de 2008 com a rede Sonke Gender Justice, Grassroot Soccer e a Family Violence Prevention Fund procurou pesquisar a conexão entre o futebol, a copa do mundo e ensinamentos sobre justiça social:


“Continuam enormes a possibilidades que cercam o futebol para campanhas sociais de amplo alcance na mídia, junto a ambos, jogadores e times… entre 2010 e 2014. Os desafios incluem a necessidade de fortificar as alianças entre as organizações que lutam pelos diretos das mulheres e outros movimentos de justiça social para engajar o setor privado, formadores de opinião, ídolos e que esse engajamento esteja integrado com a promoção de justiça de gênero de maneira ampla. Todas essas metas devem ser elaboradas de maneira que avancem mais que um mero modismo o objetivo fundamental é conectar com os interesses masculinos de forma profunda,  evidenciado os benefícios de um novo comportamento para que esses valores transformem positivamente a sociedade. ”

O projeto ainda está em estágio “piloto” e o Promundo está buscando financiamentos para levá-lo adiante. Caso seja comprovada a sua eficácia esse será o tipo de projeto poderá ser utilizado mesmo depois da copa do mundo.


Materia publicada originalmente em inglês no blog: http://msmagazine.com/blog/blog/2010/07/22   por Alexandra Tweten


Leia a matéria original: msmagazine.com


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